sábado, 13 de dezembro de 2014

Monster

   Sem dúvida alguma, esse anime é uma verdadeira obra - prima do início ao fim. Seu cenário preservando a originalidade local, sua trilha sonora fabulosa e seu enredo inteligentemente fascinante. 
   Quando pesquisei sobre ele, vi muitas críticas sobre seu fim e sobre o desenrolar dele. Porém, o autor foi fiel à sua obra do início ao fim. Ninguém mudou o que era simplesmente. E sinceramente, podem nem ter entendido realmente o anime e o seu desfecho. 



    Bem, para uma compreensão satisfatória, só entendendo alguns personagens principais. 
    Focarei nos mais principais realmente ( Kenzou Tenma e Johan Liebert).  ~Claro rs.
    

           Kenzou era um neurocirurgião apaixonado pela medicina, não havendo nenhuma barreira, principalmente financeira, quando se trata de ser sempre ético em sua profissão. Por isso, faz - se necessário que até mesmo alguém que ele possa desejar a morte, tenha de salvar. Pois, ele pensa como poucos profissionais da saúde; TODA VIDA TEM O MESMO VALOR, NÃO IMPORTA DE QUEM SEJA! E foi isso que arruinou sua carreira no anime. Seu exemplo de ética, profissionalismo e amor. Ele se manteve assim durante todo o desenrolar do anime, até mesmo quando estava sedento por vingança, era muito difícil ter que tirar a vida de alguém, depois de ter salvado milhares. 





       Bem, continuando... agora sobre Johan. O X da questão... 
             Quando o assunto é Johan, muitos tem várias conclusões à expor. Porém, vou apenas comentar com o meu senso, ao meu ver, baseada em todo meu conhecimento psicológico, psiquiátrico e filosófico totalmente auto de data.
                Johan, assim como sua irmã, foi fruto de uma experiência, assim também como muitas crianças que nasceram naquela época.
Porém, toda sua genialidade pessoal transcrita para a obscuridade tem a ver, logicamente, também com tudo que ele presenciou e passou em sua infância, principalmente a ausência de emoções e sentimentos que foi por conta de sua vivência em Kinderheim 511. Mas ele não foi apenas o resultado positivo de uma experiência doentia. Johan, desde o início de sua existência aparentava características psicopatas e psicóticas. Não, ele não era um sociopata, com toda certeza! Desde sua chegada em Kinderheim 511, foi notada a diferença dele para todas as outras crianças, ele não era como um ser humano desde sua infância. Ele estava na verdade, o anime inteiro, procurando uma razão para viver. Por mais que tentasse achar que algo valeria à pena, logo deixava de mão, com sua forte versatilidade e então livrava - se do que se tornou para ele um incômodo. O fato dele nunca saber qual era seu nome, o tornou ainda mais certo que o livro de Klaus Pope, era realmente uma obra que se tratava dele mesmo. Que ele era realmente "Um monstro sem nome". Portanto, procurava algum sentido em sua jornada sem respostas, mas acabava, por fim, sem entender ele próprio. Ele quis de todas as formas apagar sua existência, para que então ele fosse mesmo um monstro que talvez nunca tivesse existido. Mas sua ambiguidade não o deixava decidir se ele realmente queria ou não ser morto por alguém. Outra questão é ele nunca ter matado Anna. Isso simplesmente porque em sua mente, ele e Anna eram um só. Ela era a outra parte do monstro sem nome, a que se conformou em não ter um nome e não "devorava" ninguém.
No fim, ele apenas vai atrás das respostas que rodeavam sua mente à respeito da sua existência, ou seja, a única pessoa capaz de responder tudo que ele quer saber, sua mãe. 
Bem, à respeito dele ter tomado algumas memórias de sua irmã como se fossem dele, foi devido ao fato de sua mãe, para proteger os gêmeos, vestia Johan de Anna.
A mensagem que o autor quis passar, era que Johan poderia facilmente ser o tão comentado, anticristo, e isso sem nenhuma conexão religiosa ou mística. Ele foi seriamente e perfeitamente original.



Então, é isso...
 Espero que tenham compreendido essa verdadeira obra de arte.